8.2.09

Um herói perfeitamente humano


É...Final de semana em casa com a família e assistindo ao filme Hancock. Já havia assistido no cinema com uma amiga, mas vê-lo novamente me fez lembrar do quanto mudei. Digo isso , porque creio que tenho um pouco da vida daquele personagem em mim. Aliás, todos nós nos identificamos com algum filme. Eu prefiro o desse herói perfeitamente humano.

Sinto saudade, às vezes, da época em que fazia tudo sem pensar no futuro. Mas, hoje, as responsabilidades de uma vida madura me exigem uma melhor postura. Não tenho mais idade para ficar brigando com qualquer idiota por aí, embora ainda não resista a uma discussão. Isso me fascina na aventura.

Hancock é um pouco de nós. Um homem tentando viver sem se preocupar com o que os outros querem lhe impor. Afinal, a sua postura antissocial discute os padrões impostos socialmente e nos faz refletir sobre o quanto eles podem interferir no nosso cotidiano. Ele age por instinto, porque é uma forma de pensar menos sobre as conseqüências de seus atos.

No entanto, há um outro aspecto interessante no auge do filme. O herói problemático decide, após o conselho de uma pessoa que lhe salvou, obedecer a algumas normais sociais. Essa postura oferece ao personagem de Will Smith uma fama e respeito pela sociedade que o humilhava. Ao mesmo tempo, ele se depara com um conflito interno em que descobre o seu passado.

Assim, fica sabendo que era marido da mulher de quem o ajudou a recobrar a consciência. Aí estão problemas de relação moral e de ética, dentre outras coisas. O que me chamou atenção também foi o fato de que Hancock não podia viver ao lado de quem amava. A sua solidão sempre fora causada por terceiros que se intrometiam na felicidade de ambos. Daí o fato de nunca conseguirem viver juntos.

Parece-me também que a felicidade do casal de superpoderes estava fadada ao fracasso, porque não podiam viver em harmonia. Quando eram encontrados juntos e vulneráveis, sofriam ataques por todos os lados. Ali se discute a vulnerabilidade humana que incomoda a muitos. Ambos eram vulneráveis aos sentimentos simples como casar e ter uma vida normal.

Nem mesmo o Hancock gostava de ser o herói sempre, porque a sua felicidade ficava ameaçada. Uma pergunta, então, surge durante essa parte: Por que será que a vida, às vezes, sacrifica uns para a felicidade de outros? O personagem fazia de tudo para se manter longe de confusão, mas algo sempre o colocava diante dos problemas. Porém, resolvê-los era fazer algo por uma coletividade que nunca iria reconhecer a dimensão de seus problemas.






2 comentários:

Mar disse...

O texto está ótimo e o filme é realmente muito bom! Com Hancock não tem para ninguém, já era o Batman, o Super Homem, o Home Aranha!rsrsrs
Abs

Vanessa Anacleto disse...

Menino, adoro o Will Smith mas eu ainda não vi este filme. colocarei na lista.

Abraço