21.4.09

Recebi, já há algum tempo, do blog http://minhaliteraturaagora.blogspot.com/ , o selo ESTE BLOG É UMA JÓIA.

Agradeço ao James por mais uma premiação, mas confesso que fiquei sem jeito. E como não sou ingrato decidi postá-lo aqui. Não acostumado a esse tipo de premiação, porque acho que ainda não conheço tantos blogs na net para divulgá-lo. Mesmo assim, vamos lá:

As regras são:
1-Publicar o selo
2-Linkar quem o ofereceu
3-Passar a 10 amigos
4-Avisar os premiados

Agradeço ao James por sua lembrança e insistência, mas acredito que preciso crescer muito mais para recebê-lo. Enfim..

Minha lista de blogs:

http://fio-de-ariadne.blogspot.com/

http://segredosdanitha.blogspot.com/

http://compulsaodiaria.blogspot.com/

http://filosofarpreciso.blogspot.com/

http://emilicas.blogspot.com/

http://cristianemarinom.blogspot.com/

http://www.mmpatricialara.blogspot.com/

http://umanoitenataverna.blogspot.com/

http://esteranca.blogspot.com/

http://assistindoomundo.blogspot.com/



Obrigado a todos que me visitam e comentam.

Cada minuto

Meia – noite.
Olho para o relógio,
esquecendo todo o ódio,
que me castigara como açoite.

O tempo é tão cruel
como o sentimento vil de uma alma.
Destruindo-se no mais ínfimo fel
de uma valor senil que acalma.

Tranqüiliza, mas não acomoda.
É um vento que suaviza
toda orla.

Orla de um rio pronto
para mudar o seu curso. Concretizar um sonho,
deixando para trás o que é imundo.

Girar em torno de si
é preciso. Encontrar, então, aqui
o que me deixa aflito.

Quero aprender a administrar
a alegria.
Pois ela é efêmera, pode acabar em um dia.

Parece-me que cada minuto
deve ser renovado. Revelando um humano menos taciturno
e um poeta bem-humorado.

Obs.: Vai uma poesia antiga para não perder o costume..rs

20.4.09

O real em que vivo

Hoje o frio me impeliu
a sonhar.
Escrever o sonho distante
Do real em que vivo.

Já não existe lírica
No que antes era sonoro.
Sou a forma rítmica
Do que não sou.

O meu positivo
Desafia as leis da poesia.
Conheço muito poeta triste
Que chora a sua canção.

Eu não.
“A hora mais bela, vem da hora mais triste”
E transformar o feio em belo
É o que faço.

Meu destino era ser gauche
Como o meu Drummond.
Ou ser contraditório
Como o Gregório.

Vou ser modernista,
Bairrista? Muito menos do que isso...
Sou simplório
E sofro a influência de quem gosto.

Não por segui-los,
Mas acordar no que sinto.
Sentir o laço do abraço
Bem apertado da vida.

Sinto cada segundo em minha veia
E esqueço, por um momento,
Que não passo de um jovem poeta.

Deixo a minha poesia surgir
Com a consciência no futuro.
É o agir insólito
Que desafio o soturno.

Reviro o verso
para o anverso desse revirado cotidiano.
Chamam-me de louco sem saber sobre mim,
enquanto espero honesto melhorar o nosso fim.


Obs.: Confesso que essa poesia surgiu após uma visita ao “uma noite na taverna”. Voltarei mais vezes lá. O pessoal de lá tem vida.

18.4.09

Blogagem coletiva: Quem foi o seu Monteiro Lobato?

Um editor de sua própria vida
Algumas pessoas nem sabem a sua importância no mundo. Não por coincidência ela nasceu no mesmo mês em que Monteiro Lobato. Com ela pude perceber que críticas não são ofensas e abaixo do seu mimo acolhedor criativo. Tenho a opinião de que os arianos são os responsáveis por fazer a roda da vida girar.
As nossas extensas discussões eram o modo com que aprendia essa diferença. No entanto, acredito que a divergência entre nós tenha sido a mesma causada com Malfatti no modernismo brasileiro. Ainda não tinha a concepção do que seria a minha nacionalidade e cometia a falha compreensível de não entender as críticas.
Não tinha ainda a oportunidade de conhecer o Lobato, porque estava longe do hábito de leitura. Mas ela foi a primeira a incentivar as conquistas nas aulas de redação. Foi o começo do gosto pela escrita. Talvez o seu desejo fosse diferente do meu. Sofria já o medo de muitos por aí: Querer a arte ele? O que pretende com isso?
Um dia lhe disse que havia desistido de ser médico do corpo para ser médico da alma. Daí veio a adolescência e a maturidade. Nessa época, ela descobriu uma riqueza maior do que a do petróleo, embora precisasse pegar mais sol para chegar ao ponto. O seu incentivo foi o grande impulso para aquela criatividade esquecida numa infância dispersiva.
Assim, graduei em literaturas, naveguei pela especialização e sigo pelas cidades já vivas do meu destino. Aprendi a enfrentar os desafios da vida com a arte incutida no ler e no escrever. Minha mãe estava anônima até escrever esse texto, a dona Lucimar trouxe-me luz com seu jeito determinado pelo criar. Não chegou a inventar uma companhia editora nacional, mas criou um editor de sua própria vida.

14.4.09

O que vem primeiro

Hoje terminei a minha leitura do livro "A paixão segundo G.H.", de Clarice, e comecei a pensar sobre o mais comum dos temas da literatura: o amor. Esse sentimento que assola qualquer um com a sua imprevisibilidade previsível do amar. No entanto, fiquei bastante reflexivo com a enxurrada de sensações trazidas pela leitura.
Elas foram tão fortes que me impulsionaram a retormar o meu "vício", já abandonado no meio de tantas outras tarefas de minha vida. Talvez isso não seja nada diante do que amamos. Amar é mais do que pulsão. E tudo pareceu claro após o livro.
A grandiosidade dessa obra está no seu chamamento então. A cada página, senti a escritora ao pé do meu ouvido com as sonoras palavras do silêncio feminino. Por isso, gosto demais da Clarice. Alguns diriam que esse gostar deve-se ao fato desta ser fã do Lobato, o meu escritor favorito. Não, amar vai muito além disso.
O meu exemplo não foi feliz, mas a felicidade bordeja nos momentos mais indecifráveis da vida. Isso explica as noites que passamos pensando em alguém e à procura do entendimento do que sentimos. Logo, entendemos a maior significância não cabível em "quês". Afinal, à pessoas nutrimos o verdadeiro "amor" e aos objetos, a adoração. Há controvérsias sobre o "adorar"...
Entretanto, o adoro você pode não ter a mesma força do "admiro".
Tal complexidade faz parte da vida. Essa, então, nem se fala. Mas o que fazer quando as palavras não sustentam o mundo idiossincrático da sensibilidade? Em outras palavras, o nosso sentir é algo inaudito e um escritor desafia isso. Daí lembrei de outras formas de amar. Amo a escrita, embora ainda não possa viver dela.
E lembro que a minha primeira poesia nasceu com obrigação...Na escola, a professora me pediu para escrever sobre Francisco de Melo Palheta, um senhor desses de engenho. Aquela poesia ainda surgiu em coautoria com o amigo Fábio. Era treslocada como os seus compositores, mas perfeita aos olhos do "amadorismo".
Depois vieram os amores de verdade e entre poesias e poesias fui me tornando um cara menos racional. O estranho foi perceber o prejuizo dessa mudança no mundo atual. Não sei mais se existe o café palheta que homenageava aquele barão de engenho, enquanto eu perco, a cada momento, o meu espaço como inumano diante desse estranho lugar "humanizado" pelo racionalismo.
Já nem tenho a amizade com esse cara que abraçou o lado humano da vida. Ele se tornou uma pessoa rude e entendeu a vida do seu modo. Mudou a própria concepção de amor com o seu jeito áspero de se esconder do cotidiano. Tudo bem. Não ligo mais. No entanto, sou um poeta e aprendi a amar.
Assim como fui zombado por minha paixão, embora prefira sempre falar de "amor". Fui zombado por acreditar em coisas simples. Não perdi nada sei, mas quando se sente de verdade, somos capazes de sentir a dor do outro. Isso se chama a bendita compaixão. E ultimamente vejo as pessoas desistirem do amar.
Imaginem se não fosse sensível ao que leio ou percebo da vida. Seria um fantoche de razões humanas do ser com o outro. Por isso, os escritores encontram nesse sentimento inaudito a substância do viver. Todos se encontram no infinito interminável do finitio prazer do ler e do escrever. Assim, a paixão é segundo tal... Para mim não há paixão! O que vem primeiro é o amor.

2.4.09

Aprendi a ser Sol

Hoje, aprendi a ser sol.
Ando solitário no “Sistema”
E erradio o que há de melhor na vida.

Só energia.
Para aquecer os problemas
Que enfrento todos os dias.

Transformando-os em matéria bruta
Que será renovada com um sorriso.
Isso desencadeia uma eterna luta comigo.

Pra fazer o melhor
Para o Universo.
Revirando o que há do pior
No seu anverso.

O meu calor, no entanto,
Não erradia à qualquer ser.
É destinado àqueles que entendem o encanto
De viver.

E, para os que querem apenas me absorver,
Deixo as chamas dos raios cancerígenos.
Aqueles precisam entender que não sou nenhum utensílio.

Presto pra quem sabe (em)prestar
A sua lealdade e a sua companhia.
Como se fosse adorar um sol na melhor hora do dia.


Obs.: Peço desculpa a todos por postar mais um texto antigo, mas ultimamente tenho tido outras prioridades.