27.10.10
Até quando, José?
Vamos aturar
um país de ladrões.
Você vai se esconder
nos livros.
Os seus amigos
vão responder
por você.
A literatura ao longe
E a vida bem perto,
mas que nunca se correspondem.
Viver na terra do nunca
do marasmo dessa infância perdida.
Vamos observar
O que fomos
na passividade dos tempos.
Afinal, está difícil respirar
com o advento da corrupção
De nosso ar.
Sua mãe o traiu,
sua mulher o deixou,
seu sonho partiu
E nada mudou.
Até quando, José?
O mundo fechou
os olhos para você.
Mas internamente abriu
As portas do viver.
Ninguém mais lê Drummond
ou ouve música de qualidade.
Não se sabe mais o que é bom
nos parâmetros de nossa verdade.
Na verdade, José,
até quando irão roubar
a sua liberdade?
23.8.10
Memória
Estou ficando velho. As rugas da alma já aparecem e me deixam decrépito. Mas uma dúvida persiste em meu ser. Já vi tanta gente ignorar os meus sonhos que permaneço sempre na memória das pessoas pelo esquecimento. Por que não acreditam em mim?
Queria que isso fosse um problema psicológico ou a cisma antiga com a aparência pouco nobre. Sou ignorado justamente no momento em que apoio sonhos alheios. E o meu? Onde estaria? Todos me bombardeiam com críticas destrutivas e esquecem de que a minha memória sempre foi compartilhada.
Deixo a minha mente solta nesses escritos, porque não acredito em controle total sobre si. O humano é demasiado humano para o pragmatismo de nosso cotidiano. E não é a paráfrase de um título de livro que irá sintetizar o que sinto neste momento.
Fui subestimado por estimar demais as pessoas com que convivo. A memória grita ao meu coração e diz que não devia nunca ter escutado conselhos. Chamaram-me de narcisista, porque quis comunicar a individualidade no coletivo. A perversidade sussurou no meu ouvido para dizer: _ Esqueça tudo! Lembre-se de você.
Queria que isso fosse um problema psicológico ou a cisma antiga com a aparência pouco nobre. Sou ignorado justamente no momento em que apoio sonhos alheios. E o meu? Onde estaria? Todos me bombardeiam com críticas destrutivas e esquecem de que a minha memória sempre foi compartilhada.
Deixo a minha mente solta nesses escritos, porque não acredito em controle total sobre si. O humano é demasiado humano para o pragmatismo de nosso cotidiano. E não é a paráfrase de um título de livro que irá sintetizar o que sinto neste momento.
Fui subestimado por estimar demais as pessoas com que convivo. A memória grita ao meu coração e diz que não devia nunca ter escutado conselhos. Chamaram-me de narcisista, porque quis comunicar a individualidade no coletivo. A perversidade sussurou no meu ouvido para dizer: _ Esqueça tudo! Lembre-se de você.
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=122&idProduto=122
Estou sendo "massacrado" pelo mestrado e sem tempo para escrever aqui. Mas deixo o link do livro interdito para quem quiser comprar pela editora. Grande parte dos textos selecionados fazem parte do meu tempo em que divulgava o que escrevia por aqui. Tem até a homenagem à Vanessa do Fio de Ariadne.
Um abraço e saudade de vocês.
Estou sendo "massacrado" pelo mestrado e sem tempo para escrever aqui. Mas deixo o link do livro interdito para quem quiser comprar pela editora. Grande parte dos textos selecionados fazem parte do meu tempo em que divulgava o que escrevia por aqui. Tem até a homenagem à Vanessa do Fio de Ariadne.
Um abraço e saudade de vocês.
3.4.10
Publicação do Livro Interdito
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