Viver não é um verbo
e a poesia dos dias me toca no silêncio.
Talvez o passado tenha transformado o que era
em sonho de verão.
Sinto me comovido a cada verso
para escrever com sentimento.
Mas não sei mais se é o certo
por tudo que passei.
Dizem que o poeta melhora a sua escrita.
Falam na vida como matéria exigida
como bálsamo dos dias.
A rima deveria ser mais complexa
e o meu modo louco de musicar
se interpõe entre mim e a possibilidade
de alimentar a minha simplicidade.
No mundo venal em que vivemos,
Ser louco é ser normal.
Mas, como normalizo tudo o que vivo,
fico pensando no que seria ser genial...
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