Fico pensando,
revirando por dentro
e não acho nada pra completar.
A minha vida parece completa
e as dúvidas cada vez mais certas.
Por que estou sozinho?
A solidão é a diferença do coletivo,
enquanto as vozes lá fora me dizem
que ainda estou vivo.
O abraço sincero de quem mentia,
o amor à revelia,
quem sou eu, poesia?
Refletindo,
vou estendendo o que era sofrimento,
mas não é pura transpiração.
Acredito que inspiração
não vem só do coração.
É dia a dia,
solo, batida
incrustada
em simples canção.
Poderia ter feito diversos sonetos,
perder horas na composição.
No entanto, sinto que a emoção vale mais
do que mil horas perdidas de reflexão.
Entre a razão e a emoção,
sou um Bocage remendado
de que tanta bobagem
me joga na multidão.
Comecei vate,
tornei-me diversos,
passei pela tempestade
e o meu ímpeto
acabou em pleno interdito.
De cronista solitário,
fui escritor visionário
de um passado lendário.
As minhas rimas só buscam sufixos
de dicionário.
E a cada movimento
vou me perdendo a cada verso.
Esquecendo de que o Uno
não é universo.
Então, poesia,
isso tudo é reflexão
Ou são meus ingênuos versos?
A certeza é que quando aprender
a escrever o que chamam de poesia,
Não sou eu quem vai saber
o que houve de melhoria.
14.9.11
6.9.11
Normalizando os dias
Viver não é um verbo
e a poesia dos dias me toca no silêncio.
Talvez o passado tenha transformado o que era
em sonho de verão.
Sinto me comovido a cada verso
para escrever com sentimento.
Mas não sei mais se é o certo
por tudo que passei.
Dizem que o poeta melhora a sua escrita.
Falam na vida como matéria exigida
como bálsamo dos dias.
A rima deveria ser mais complexa
e o meu modo louco de musicar
se interpõe entre mim e a possibilidade
de alimentar a minha simplicidade.
No mundo venal em que vivemos,
Ser louco é ser normal.
Mas, como normalizo tudo o que vivo,
fico pensando no que seria ser genial...
e a poesia dos dias me toca no silêncio.
Talvez o passado tenha transformado o que era
em sonho de verão.
Sinto me comovido a cada verso
para escrever com sentimento.
Mas não sei mais se é o certo
por tudo que passei.
Dizem que o poeta melhora a sua escrita.
Falam na vida como matéria exigida
como bálsamo dos dias.
A rima deveria ser mais complexa
e o meu modo louco de musicar
se interpõe entre mim e a possibilidade
de alimentar a minha simplicidade.
No mundo venal em que vivemos,
Ser louco é ser normal.
Mas, como normalizo tudo o que vivo,
fico pensando no que seria ser genial...
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