6.10.08

Tenho esperança

Tenho esperança. Como todo escritor que se preze. Muitos não admitem, mas o que nos impulsiona a escrever é a esperança em algo. Por isso, grande parte dos que escrevem são empreendedores da vida.
Não aquela a que estamos acostumados em nosso dia a dia. A realidade pode ser transformada por palavras. Estejam essas dentro ou fora do texto. Por sua vez, esse coletivo de vocábulos se junta para deixar ensinamentos... Se serão seguidos, ou não, só o leitor / ouvinte atento poderá dizer. Quem sabe até produzir.
Mas me perguntam sempre: Tem esperança de quê? Por que és tão teimoso? A minha resposta resultaria em outros três textos. Mas, como sempre, é a simplicidade que me agrada. Eu tenho esperança de:
que aquelas palavras ditas em outrora não tenham sido em vão;
que a humanidade aprenda que humanismo não é insistir em erros absurdos;
que o erro cometido não seja um obstáculo à compreensão do outro quanto à sua realidade;
que as fantasias só existam em prol da literatura e do entreterimento e não sejam um simples ópio da pífia realidade;
que a vida seja vivida ao invés de jogada...
e por último...
Acredito que essa todos os que escrevem almejam um dia:
que as palavras criadas sejam um diálogo transformador na realidade daquele que lê...Afinal, o real só se transforma a partir de nossos atos.
Sou escritor, pois tenho esperança. E essa qualidade não falta a ninguém que tenha a escrita como um prazer saudável em sua vida.

Um comentário:

Vanessa Anacleto disse...

Falou e disse. E o texto pode tomar tantas formas a partir do leitor. Isso me encanta. Não sou eu nem o texto. Mas o que ele pode fazer.

abraço!!