26.12.08

Essa poesia...

Essa poesia
Nasceu das noites mal-dormidas.
Sobreviveu à dias-de-sol
E dias-de-chuva.

Lembrou de nossas conversas.
Mas essa poesia...

Tentei escrevê-la de outro modo,
Sem tentar revê-la.
Porque dói aqui.

É a terceira vez
Em que a começo
Sem conseguir rimar.

Mas do que adianta escrever?
Você não vai olhar.

No máximo, um soslaio recebo
Em suspiros escondidos dessa poesia.

Ela sempre teve endereço certo,
Embora não saiba ao certo
Se ela quer me acompanhar.

Só peço um pouco de companhia.
Aquela verdadeira em que nos encontramos
Em palavras e dias incertos.

Aquela da companhia louca,
Que de louca só tinha apelido.
Essa poesia...

Essa poesia não queria
Ser lida e nem entendida.
Ela quer expor o que sente
Sem ser machucada.

Alguém achará que foi bem
Elaborada ou pobre de rima.
Sei lá...diga o que quiser.
Talvez você não esteja pronto mesmo
para entender a poesia da vida.

3 comentários:

Mar disse...

Nossa, Rômulo! Adorei este poema... há muita sinceridade nele. Se é fingida ou não, vivida ou não (como diz Fernando Pessoa... rs) não importa, o que vale é que alcançou uma leitora sua. rs

Abs

Nilza disse...

Rômulo.Gostei muito desse poema!Consegui captar nele a vontade de ser notado e ao mesmo tempo a certeza de ficar oculto .E com isso transpor a necessidade da alma de ser elogiada , criticada ou simplismente notada.Beijos Nilza .Agora tenho um orkut! passa por lá. Nilza.delima77@gmail.com Ah!obrigada pelo determinada!kkkk

Rômulo Souza disse...

Muito obrigado pelos comentários a respéito da poesia, mas queria saber onde está quem me inspirou a escrevê-la. rss