Herói novo
Como Atlas suporta o peso,
Talvez o amor me faça suportar.
Já não basta, em mim, o sentimento preso
Para esquecer esse insuportável ar.
Já me disseram para parar de ler
E voltar à realidade.
Mas do que adianta viver
Em um mundo que não existe de verdade?
A infância foi roubada de muitas crianças
Que, por sua falta de nobreza, não podem sonhar.
E não adianta mais a ONU contar a pobreza do continente africano.
Os jovens querem lutar
por uma nova nação. Mas, antes, precisam salvar
o que lhes sobra de coração.
A tristeza de outrora estampada
nas vitrines da loja da vida.
Sim, agora a felicidade se compra e não, conquista.
Amar a si mesmo
já é muito pouco.
É preciso ocupar cada lugar a esmo
com a esperança do herói novo.
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Virtual
O virtual (des)virtua
O homem do nosso tempo.
Ele sofre de uma voz que não é sua
E que sobrevive ao momento.
Pula, sofre, grita, ri,
Em frente ao computador.
Só para enganar
Os algoritmos de sua dor.
Bem viu a matriz da sua vida
Escrita por MSN. Suas mensagens explodem
No tambor da aldeia tímida.
Observa a (re)produção imperfeita
Do real. Realiza os seus desejos
Em cada lampejo dessa rede sepucral.
Voltando a escrever poesias..e o que é melhor no velho e bom estilo polêmico que adoro. Inspiração de onde vens? rs Que bom que ela voltou. Abraço a todos e vivam a vida!
2 comentários:
A poesia não é isnpiração. é trabalho. Pra mim é.
E se ela foi ela volta porque existe em vc.
Benvinda de volta!
Bom pra nós leitores .
Seu tema sempre muito mais pro social tem ternuras sutis em versos bem construídos
Pô..a minha maior felicidade é receber um elogio de quem sempre fui fã na verdade. As suas poesias são muito boas.Até tive uma idéia que vou compartilhar com vocês em breve!
um abraço
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